SOBRE A CASA 12
- edilcarvalho
- 10 de mar.
- 2 min de leitura

Se você sente sua pequenez diante do universo, como sentiu o escritor Paul Bowles: “quão frágeis somos sob o céu protetor! Atrás do céu protetor há um vasto universo escuro, e nós somos tão pequenos”.
Ou tem sede de infinito, como percebeu o poeta Isidore Ducasse: “quando estiveres em tua cama, e ouvires os uivos dos cães no campo, esconde-te sob teu cobertor, não aches graça no que fazem: eles têm a sede insaciável do infinito, como tu, como eu, como o resto dos humanos”.
Ou até mesmo se pergunta, como fez a escritora Virginia Woolf: “que estranhos poderes serão esses que penetram nossos mais secretos caminhos e mudam nossos mais preciosos bens, a despeito de nossa vontade?”
Pode ter chegado a pensar que “tudo o que podemos fazer é alcançar a consciência de que fazemos parte desse mistério insondável que é a criação. Nós obedecemos a suas leis incognoscíveis, a seus ritmos, a suas metamorfoses. Nós somos mistérios em meio a mistérios”, como disse o cineasta Federico Fellini.
Passando então a entender por que é tão difícil viver nesse mundo, como apontou o escritor Maurice Blanchot: “seja um desses homens que, tendo tido a revelação da deriva misteriosa, já não suportam viver nessas falsas moradas”.
Se entendimentos e pensamentos como estes passam invariavelmente por dentro de sua cabeça e se eles são tomados como matrizes para suas maiores decisões, lhe dizendo como você deve proceder ao longo da vida, é porque no seu mapa astrológico há algum planeta pessoal na Casa 12, tal como ocorre nos mapas das personalidades citadas.
Afinal, sob o domínio de tal configuração, o nativo presta bastante atenção em toda sorte de forças e influências que nos rodeia e age sobre nós e que, ora nos joga de cá pra lá e de lá pra cá, ora imprime a nossa vida uma determinada direção - como que de propósito.
É, em suma, o nativo que precisa deixar tudo em aberto para ir se adaptando ao rumo que toma a maré, mas que também teme o fim para onde está sendo levado, se interessando assim por tudo o que seja muito extraordinário, inexplicável ou misterioso. É aquele que ama a liberdade, que deseja se ver livre das amarras corriqueiras que nos impõe a vida e que procura, por isso mesmo, uma transcendência.
E este é o motivo pelo qual é tão importante conhecer a vida e obra de artistas e pensadores cujos mapas apresentam planetas pessoais na Casa 12: é uma maneira de compreender com clareza a experiência humana que ela designa e, sobretudo, a experiência que acaba por governar teus passos e dar um rumo a tua vida, caso a Casa 12 do teu mapa esteja mesmo ocupada por planetas pessoais.
Isto é o que discuto no curso AS CASAS ASTROLÓGICAS E OS 12TEMAS DA VIDA HUMANA, cujo link pode ser acessado aqui:
Comments