SOBRE A CASA 8
- edilcarvalho
- 4 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 10 de mar.

Se você sabe, como o escritor Michel de Montaigne, que “o mundo não é mais que um perene movimento” e que “nele todas as coisas se movem sem cessar”, pode pensar que “a própria constância não é outra coisa senão um movimento mais lânguido”. Afinal, como ele disse, “daqui a pouco poderei mudar, não apenas de fortuna, mas também de intenção”, pois a vida nos leva a isso, a “um registro de acontecimentos diversos e mutáveis”.
E se a vida nos leva a isso, você pode dizer para si mesmo o que disse o poeta Fernando Pessoa:
“quero apenas dizer que na gente com quem lido se estão dando, ou se vão dar, mudanças, acabares de períodos de vida. Repare que eu não creio que esta mudança vá ser para pior; creio o contrário. Mas é uma mudança, e para mim mudar, passar de uma coisa para ser outra, é uma morte parcial”.
E se a vida é mudança e se estamos sempre pela hora da morte, pode decidir que “não quero sair ao mundo com uma apólice de seguro no bolso garantindo meu retorno em caso de decepção, como um viajante cauteloso que se contentaria com um breve vislumbre do mundo. Pelo contrário, desejo que haja perigos, dificuldades e perigos a enfrentar”, como afirmou o escritor Hermann Hesse.
Passando então a entender “de onde vem tão subitamente uma tão louca energia a essas almas preguiçosas e voluptuosas e, como incapazes de realizar as coisas mais simples e as mais necessárias, acham em certo minuto uma luxuosa coragem para executar os atos mais absurdos e, freqüentemente, mais perigosos”, como disse o poeta Charles Baudelaire.
Podendo entender, por fim, o que entendeu a atriz Jodie Foster:
“ultimamente, tenho realmente entendido, de uma forma muito pessoal, como o medo é a emoção central que cria todas as escolhas para nós. Tudo gira em torno do medo – ver o quanto o medo é essencial em quem somos como animais é incrível.”
Se entendimentos e reflexões como estas passam invariavelmente por dentro de sua cabeça e se elas são tomadas como matrizes para suas maiores decisões, lhe dizendo como você deve proceder ao longo da vida, é porque no seu mapa astrológico há algum planeta pessoal na Casa 8, tal como ocorre nos mapas das personalidades citadas.
Afinal, sob o domínio de tal configuração, o nativo presta bastante atenção nas forças latentes que a todo momento podem eclodir e mudar tudo de uma maneira súbita e radical. É o nativo que percebe o quanto a situação é crítica e o quanto ela lhe exige uma resposta rápida e precisa. É por isso que as situações de aperto, de risco, de emergência e de grande tensão lhe atraem tanto – ou lhe causam tanto pavor.
E é por isso que é tão importante conhecer a vida e obra de artistas e pensadores cujos mapas apresentam planetas pessoais na Casa 8: é uma maneira de compreender com clareza a experiência humana que ela designa e, sobretudo, a experiência que acaba por governar teus passos e dar um rumo a tua vida, caso a Casa 8 do teu mapa esteja mesmo ocupada por planetas pessoais.
Isto é o que discuto no curso AS CASAS ASTROLÓGICAS E OS 12 TEMAS DA VIDA HUMANA, cujo link pode ser acessado aqui:
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